"Tenho-me mantido calado em relação ao desaparecimento ou rapto
da menina inglesa, porque acho que há gente a mais a dizer alarvidades
sobre o assunto.
Tenho-me abstido de manifestar a minha repugnância pelo procedimento
asqueroso da imprensa inglesa em relação à actuação da polícia
portuguesa,porque acho que vozes de burro não chegam ao céu.
Tenho optado por não manifestar o meu desacordo pelas conferências de
imprensa que a PJ dá em inglês, num abjecto acto de subserviência em
relação a esta classe de gente (e gente não é, certamente, que gente
não procede assim), porque reconheço que do alto da sua arrogância,
apenas têm contribuído para revelar ao Mundo a mentalidade de merda
que existe por dentro daquelas cabecinhas loiras.
Agora o que não vou engolir é que um filho de puta inglês, que se diz
ser o arquitecto da casa onde mora o principal suspeito, que reside
em Portugal há cerca de trinta anos e não fala uma palavra de português,
tenha o descaramento de criticar a GNR porque, segundo afirma o
cretino, tentou dar informações pelo telefone e foi atendido por um
agente que não falava inglês. Pior ainda, disse a besta com todo o ar de
desdém que lhe coube naquelas fuças de porco inglês, foi quando, algumas
horas depois voltou a telefonar e quem o atendeu sabia apenas algumas
palavras da língua de sua majestade, a rainha da casa da maior pouca
vergonha a que o Mundo assistiu nos últimos
anos.
Estes ingleses não se mancam, mesmo.
Estes ingleses merdosos, que já no tempo da guerra afirmavam que
a Europa estava completamente isolada pelo nevoeiro, estes
ilhéus provincianos que em pleno século XXI continuam a conduzir fora de
mão e a alimentar uma realeza de putaria, estes negreiros sem vergonha
que espalharam e deixaram escravatura e racismo pelos quatro cantos do
Mundo, estes arruaceiros de merda que espalham o terror pelos campos de
futebol da Europa, têm o topete de viver trinta anos num país que lhes
oferece um sol radioso, como eles nunca imaginaram existir, sem se darem
ao trabalho de aprender uma palavra da nossa língua, ainda têm tempo de
antena num canal de televisão nacional para falarem mal de nós?
Mas afinal que trampa de república de bananas é esta, que beija a mão a
quem nunca respeitou um aliado, que parece ter esquecido o célebre
mapa cor-de-rosa, com que nos roubaram metade de África, e fica impávida
e serena, a ouvir os desabafos destes alarves, sem ao menos um
protesto oficial.
Por onde é que anda o "gasolineiro" de Boliqueime quando a honra do
país necessita ser defendida?
Onde é que está o "inginheiro" feito à pressa, sempre tão lesto
a acariciar os "tomates" aos amigos trabalhistas?
Já não resta nem um pouco do orgulho nacional?
Depois admiram-se que meia dúzia de gatos-pingados, apreciadores
de concursos televisivos, reabilitadores de apresentadeiras escorraçadas
da política, façam do maior ditador do século vinte, o maior português
de sempre.
Ao fundo com a Inglaterra e puta que pariu os ingleses!"