domingo, 24 de fevereiro de 2008

Cicloturismo entre muros para evitar destruição



ACâmara Municipal de Guimarães admite fechar a pista de cicloturismo com paredes para evitar actos de vandalismo. A hipótese foi admitida pelo presidente da autarquia, António Magalhães, durante a reunião do executivo, ontem de manhã.

O assunto foi focado por Rui Vítor Costa, vereador do PSD, que se mostrou preocupado com a degradação que se regista em algumas das partes do corredor. "A pista devia ser um corredor verde e o que vemos são sinais de degradação ao longo do trajecto", alertou o eleito social-democrata, que apontou, ainda, o abandono de algum património ferroviário.

"Há material da antiga linha-férrea que urge recuperar, como uma cisterna de água na estação de Paçô Vieira, em Mesão Frio", referiu Vítor Costa, sugerindo, por outro lado, que a Câmara estude um projecto de interligação da pista ao teleférico que une a cidade à montanha da Penha.

Quanto aos actos de vandalismo, António Magalhães avisa que, se for necessário, colocarão muros de um lado e do outro da pista, já que "as pessoas abusam", como se viu com a destruição das protecções para evitar a entrada de veículos motorizados.

Já em relação à ligação da pista ao teleférico, por forma a permitir que os cicloturistas possam chegar à Penha, "é um projecto fácil de pensar, mas difícil de executar", na opinião do autarca socialista.

Resultante do aproveitamento da antiga linha-férrea que ligava a Fafe, a pista será quase duplicada na sua extensão actual de 14 quilómetros com o projecto de a levar até Creixomil (perto da cidade desportiva), passando, portanto, pelo centro de Guimarães. Aqui reside o principal "bico-de-obra" do projecto atravessar a estrada nacional 206, para ligar Aldão (onde começa a pista do lado de Guimarães) à cidade desportiva (pavilhão multiusos, piscinas e pista de atletismo).

A solução passará por um túnel sob a estrada, seguindo depois, tal como o comboio de outrora, pela encosta da Penha, lado a lado com o Parque da Cidade, até Creixomil. Daqui, a pista deverá seguir, numa fase posterior, para Silvares, passando pelo novo centro comercial em construção, num percurso ao longo das margens do rio Ave.

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