segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CAMPEONATO NACIONAL DE CICLOCROSSE EM FERMENTÕES

O Campeonato Nacional de Ciclocrosse disputa-se no próximo dia 15 de Janeiro na Quinta Loureiro Velho, em Fermentões, numa organização conjunta Associação de Ciclismo do Minho e da Federação Portuguesa de Ciclismo. A prova de atribuição dos títulos de Campeões Nacionais também é aberta à participação de atletas federados na vertente de lazer (betetistas e cicloturistas) e a não federados.
O Campeonato Nacional de Ciclocrosse será disputado no centro da freguesia de Fermentões, em Guimarães, na Quinta Loureiro Velho que integra o Centro Equestre Loureiro Velho.Na área do Centro Equestre e em terrenos contíguos será delineado o circuito que consagrará os Campeões Nacionais de Ciclocrosse, os primeiros títulos de ciclismo a atribuir em 2012.Na prova de Fermentões serão disputados os títulos, masculinos e femininos, desde o escalão de cadetes até ao de veteranos.O programa do Campeonato começará, às 10 horas, com a corrida de veteranos, iniciando-se uma hora depois a prova para atletas femininas (todas as categorias), cadetes masculinos e Promoção/Open (atletas federados na vertente de lazer - betetistas e cicloturistas - e não federados).A prova-rainha, que juntará os atletas elite, sub-23 e juniores masculinos começará às 12 horas, estando a cerimónia protocolar e de entrega de prémios prevista para as 13h15.A participação no Campeonato Nacional de Ciclocrosse é gratuita para atletas federados (competição e lazer) e tem o custo de 6 euros para não federados.A inscrição de atletas da vertente de competição deverá ser efectuada no site da Federação Portuguesa de Ciclismo (http://www.uvp-fpc.pt/), enquanto as de atletas da vertente de lazer (betetistas e cicloturistas) e de não federados deverá ser formalizada no site da Associação de Ciclismo do Minho (aqui – pagamento por multibanco para os não federados).
O Ciclocrosse ("corta-mato em bicicleta") é uma vertente de inverno do ciclismo disputada em circuitos com zonas de terra, lama, areia e estrada, com a exigência técnica e física dos percursos a ser complementada com obstáculos (naturais ou artificiais) que por vezes obrigam os atletas a desmontar e a carregar a bicicleta.Com forte implantação na Europa Central e nos Estados Unidos da América, o Ciclocrosse teve em Portugal um período bastante pujante entre as décadas de 1960 e 1990, tendo atletas como Alves Barbosa, Venceslau Fernandes, Carlos Santos, José Fernandes e José Santiago gravado o nome na galeria de campeões nacionais.Celestino Pinho em elites, Isabel Caetano em femininos, Mário Costa em Sub 23, Francisco Sousa em juniores, Fábio Mansilhas em cadetes, Joaquim Silva em veteranos A e António Sousa em Veteranos B são os Campeões Nacionais em título.O ressurgimento do Ciclocrosse em Portugal insere-se numa política da Federação Portuguesa de Ciclismo de desenvolvimento global de todas as vertentes do ciclismo, sendo esta modalidade considerada uma verdadeira escola de ciclismo pois exige qualidades técnicas e físicas apuradas.
O Campeonato Nacional de Ciclocrosse organizado pela Associação de Ciclismo do Minho e pela Federação Portuguesa de Ciclismo tem o apoio das seguintes entidades: Instituto do Desporto de Portugal, Liberty Seguros, Junta de Freguesia de Fermentões, Quinta Loureiro Velho, Centro Equestre Loureiro Velho, Casa do Povo de Fermentões, Reclamos Vitória, FullSport, FullWear, Cision, Rádio Santiago, Desportivo de Guimarães, Ciclismo a Fundo e Bike Magazine.
Fermentões é uma extensa freguesia do concelho de Guimarães, localizada a Noroeste da sede concelhia, bem encostada à cidade, de tal forma que é já praticamente parte integrante da urbe. É atravessada pelo rio Selho, sobre o qual existem diversas pontes, algumas das quais bastantes antigas.O topónimo Fermentões, é um derivado de "Fermentelos", que por sua vez deriva do latim medieval "foramontanelos", designação dada aos terrenos que pagavam um pequeno foro ao senhorio.Apesar de cada vez mais ser absorvida em termos urbanísticos pelo crescimento da cidade, Fermentões mantém ainda grandes espaços verdes e uma razoável zona de mata, com o seu ponto mais alto no Monte do Talegre.A Freguesia teve outrora grande actividade agrícola, daí a existência ainda hoje de vários moinhos ao longo do rio. No entanto, actualmente é essencialmente uma zona residencial da cidade, com algumas unidades industriais, principalmente ligadas às cutelarias, curtumes, têxteis e plásticos, sendo fortemente dominada pela actividade de comércio e serviços.A urbanização tem tomado conta de grande parte da freguesia mas, no entanto, as características rurais ainda se conhecem à medida que se vai descobrindo a freguesia. A agricultura é uma actividade básica da economia e a industria tem sido implantada aos poucos, conferindo-lhe novas estruturas.Fermentões não esqueceu as tradições e, como prova de tal, tem activo o Museu da Agricultura que retrata a lavoura desde outros tempos até aos dias de hoje.A região de Guimarães sempre gozou da fama e qualidade dos seus linhos, para as quais Fermentões sempre contribuiu. Os campos dividiam-se, ate há bem poucos anos, entre as grandes sementeiras de linho e a vinha, uma vez que, também ali, o vinho verde é de boa casta e muito produzido. Os famosos " Moinhos de Fermentões", de traça caracteristicamente nortenha, os rodízios de moinhos hidráulicos, que ainda hoje se podem apreciar, povoavam o rio e ocupavam parte da sua população.Talvez pela riqueza da sua terra e pela proximidade da urbe, Fermentões primou também, desde há séculos, pelas inúmeras casas solarengas, de gente muito fidalga, que se encontram espalhadas pela freguesia. Entre outras, a Casa de Caneiros; a Casa da Covilhã, de João Afonso Ribeiro, O Golias, vassalo e D. João I; e o Casal de Minotes, foreiro ao Mosteiro de S. Domingos. Outro proprietário de terras nesta freguesia, durante a Idade Média, foi Pelágio Gomes, cognominado " Cecus", que em seu testemunho feito em 1182, deixa à Igreja de Santa Maria de Guimarães, os seus moinhos de Fervenças e Caneiros.

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